29 de março de 2009

Sentir ...

Estou triste!
A afirmação pode ser verdadeira, mas ou você está triste ou se sente triste.
Estar ou sentir, dois verbos que falam muito ao mesmo tempo que não falam nada.
Os sentimentos dificilmente podem ser descritos, são coisas abstratas, ninguém consegue descrever com palavras o que sente.
Por esse motivo usamos o verbo estar, "estou isso, estou aquilo" etc ...
Infelizmente isso ocorre pois nos acostumamos com a velha razão, aquela que deixa o sentimentalismo de lado e age com frieza, cautela e preucupação, prevendo cada gesto e sabendo as consequências de cada um deles.
Estou triste por não encontrar alguém que pense como eu, que sinta como eu, que aja como eu, escolhendo e sentindo cada emoção e não fugindo delas.
Pergunto : o que será que ocasionou toda essa crueldade e frieza no ser humano? Resposta: Não sei.
Assim como não consigo entender os sentimentos, não consigo entender a razão. Mas se for para escolher, prefiro sentir ... sentir o nascer de cada dia, sentir o pôr do sol, sentir o ar, sentir as pessoas, sentir o medo, a solidão, o amor, a tristeza ... Sim, a tristeza pode ser doloroso e muito, contudo, é preferível senti-la e depois ver a luz, do que ficar eternamente na escuridão da ilusão.

E assim, nessa madrugada de domingo, vou sentindo o prazer de escrever palavras que brotam do meu intímo, sem saber de onde elas realmente vierão ...

Boa noite!!!


Letícia Iambasso

21 de março de 2009

Mesas de bares atrapalham pedestres na Avenida Paulista

Na região praticamente todos os bares utilizam o espaço nas calçadas

Andar nas calçadas de São Paulo sempre é um problema. Há buracos, pedras, degraus, e agora também mesas e cadeiras postas pelas lanchonetes, bares e afins, atrapalhando quem utiliza a calçada, ou seja, os pedestres. Na região da Avenida Paulista, principalmente á noite, quando a fiscalização é praticamente nula, os comerciantes aproveitam para ultrapassar o limite concedido pela prefeitura e praticamente utilizam-se de toda extensão da calçada.
A Subprefeitura de Pinheiros, responsável pela fiscalização nos endereços apontados pela reportagem, afirmou que os estabelecimentos só podem colocar mesas e cadeiras se tiverem um Termo de Permissão de Uso (TPU), expedido pela mesma. Segundo o gerente do Café Creme, Cláudio Lourenço, esta autorização existe e seu estabelecimento a possui, e mesmo que a não a tivesse, o Café sempre respeitou o limite de 1,10 m para utilização da calçada.
Os pedestres constataram uma faixa amarela demarcando o limite da calçada a ser utilizada, porém, segundo o gerente, foi colocada pela prefeitura, há aproximadamente 15 dias. O Café Creme, localizado no nº 807 da avenida, é o único que tem a faixa, entretanto, segundo a subprefeitura, apesar dos outros bares não terem a faixa, eles estão regulamentados com o TPU, mesmo assim a prioridade no passeio é do pedestre. A multa para quem não respeitar a metragem é de R$ 1847,00, e se o estabelecimento não regularizar a disposição dos equipamentos dentro de 30 dias, pode ter seu material removido pela prefeitura.
Para os pedestres, a situação é desconfortável: “Sou cliente de lanchonetes e bares, porém prefiro sentar dentro do bar pela segurança e por privacidade. Como pedestre acho um inconveniente desviar das mesas, muitas vezes coloco a minha vida em risco, desviando e indo para a guia ou até mesmo para rua, podendo ser atropelada” reclama a estudante Dora Cristina Coelho. E ela ainda sugere: “Os comerciantes poderiam usar o bom senso, se for necessário utilizar uma determinada área da calçada, que não seja em toda sua extensão, e se o movimento de clientes aumentarem, realizar uma reforma para acomodar todos os clientes sem precisar incomodar os pedestres.”
Já o pedestre Jean Nascimento, não se incomoda em ter que desviar das mesas nas calçadas por já estar acostumado, pois mora na região “Se todos os comércios respeitarem o espaço autorizado pela prefeitura, não haverá reclamações e todos poderão utilizar com cidadania as calçadas.”
Se depender da prefeitura, a acessibilidade que é uma das principais preocupações será rigorosamente garantida a pedestres, já que desde 2008 foram feitas mais de 100 operações para apreender mesas e cadeiras irregulares.


Letícia Iambasso

8 de março de 2009

Queria eu ...

Queria eu ... ter mais paciência!
Queria eu ... ser menos ansiosa!
Queria eu ... não querer resolver os problemas de todo mundo!
Queria eu ... ter mais fé!
Queria eu ... não sentir culpa sem precisar sentir!
Queria eu ... saber dizer não ás pessoas!


Queria eu ... ser um pouquinho irresponsável!
Queria eu ... ter alguém pra cuidar de mim!
Queria eu ... suspirar por uma pessoa!
Queria eu ... que alguém suspirasse por mim!

Queria eu ... poder ter escolhas!
Queria eu ... poder ficar desempregada e não ficar desesperada por saber que assim não teria o que comer!
Queria eu ... ter uma família!
Queria eu ... ter um espaço só meu!

Queria eu ... ser um pouco ingênua e acreditar que a vida é justa de se viver!


Letícia Iambasso

3 de março de 2009

Quem Quer ser um Milionário?


Ao melhor estilo de "Show do Milhão", o programa com o mesmo nome do filme é mero coadjuvante na história do menino favelado e pobre Jamal, que participa do programa e ganha 20 milhões de rúpias, moeda indiana.
A India não é somente a riqueza que a televisão mostra ou a beleza do Taj Mahal, o país sofre com a miséria e com a falta de água nas comunidades carentes, além da guerra religiosa.
A favela de Mumbai é o cenário da infância de Jamal, até a morte de sua mãe, assassinada por palestinos. Desde então ele e o irmão Salim ficaram vagando no lixão da favela, junto com eles ficou a garota Latika, que logo ganhou a simpatia de Jamal pois também havia perdido seus pais.
Essa lembrança do assassinato de sua mãe e outras estão passando pelos pensamentos de Jamal enquanto o mesmo participa do programa, pois os detalhes de sua infância sofrida levam-o a responder com exatidão as respostas certas.
Assim ele consegue ganhar 10 milhões de rúpias no primeiro dia de programa, algo nunca realizado pelos mais diversos intelectuais que passaram pelo programa e não conseguiram levar mais do que 16 mil rúpias.
Porém, logo após o programa, Jamal é preso acusado de ter trapaceado, resultando na indignação de todo país que já via o garoto como um herói nacional, realizando o desejo de todos. Enquanto esteve preso recebeu agressões e torturas para confessar sua culpa, o que não ocorreu e então o delegado deu uma chance para ele se explicar e o mesmo acabou contando toda sua vida.
Entre preconceitos contra jovens pobres, favelados e ingênuos, o filme consegue mostrar o que ocorre não somente na India, mas em todo o mundo com pessoas iguais a Jamal, discriminados pelas sociedades, sem oportunidades de estudo e de trabalho, tendo que escolher entre a miséria ou o roubo.
Quando uma história passa a apresentar a realidade atráves da ficção, não é necessário um roteirista ou um diretor fantástico para ser merecedor do Oscar, entre esses dois mundos há histórias iguais a de Jamal, contudo são desconhecidas para nós.

Letícia Iambasso

1 de março de 2009

Discussão sobre o fim do jornal impresso

Com o jornalismo digital crescendo a cada nova era o futuro dos jornais impressos já levaram especialistas e não especialistas a várias discussões e previsões, que são derrubados logo quando há outro estudo sobre o assunto.
Apontam como vantagens das publicações eletrônicas na web que os jornais digitais são mais interativos que os seus correspondentes impressos, os custos de produção e distribuição, geralmente muito elevados nas publicações tradicionais são reduzidos na Internet e as notícias podem ser atualizadas várias vezes durante o dia e acessadas por leitores em qualquer lugar do mundo.
É claro que todos esses argumentos são bons, porém devido à falta de controle de publicações das notícias, as mesmas nem sempre oferecem a informação ou o fato de acordo com o que realmente aconteceu.
Se no jornalismo impresso a disputa é para ver quem consegue apurar e publicar determinados fatos com mais detalhes possíveis, no jornalismo digital é para ver quem posta primeiro a notícia, assim que o fato ocorreu, sem nem ao menos fazer uma apuração se o fato é autêntico ou não e muitas vezes com erros de ortografia e gramática.
É correto deixar os leitores confusos com esses erros se a função principal do jornalismo é informar e orientar os leitores? Como defesa para o jornal impresso não deixar de existir uso essa pergunta e infelizmente não posso ter o argumento do sociólogo e consultor da Newspaper Association of America, Leo Bogat que disse: “por maior que seja a evolução das telas dos computadores no futuro (leves, portáteis), elas jamais terão a capacidade do jornal de serem dobradas ou enroladas e levadas para toda parte”, é claro que ele não contava com a evolução da tecnologia nos celulares, MPs e notebooks que permitem acesso em tempo integral a internet.
O livro “O Jornal Evanescente - Salvando o Jornalismo na Era da Informação” de autoria de Philip Meyer prevê o ano de 2043 para o último exemplar impresso, já o professor Doutor em Comunicação Social, Jorge Ijuim não concorda e argumenta que quando a TV e o rádio surgiram houve as mesmas especulações e o jornal continuou como fonte de informações.
E para isso continuar é preciso a iniciativa das empresas jornalísticas de inovar em suas redações, para entreter cada vez mais seus leitores, uma delas é projeto “jornalismo cidadão” que já mantêm um espaço na web, aonde o leitor contribui com notícias e imagens, aumentando a democracia na produção midiática. E, claro, no jornal impresso há mais credibilidade para isso ocorrer.
Para saber mais sobre o assunto e ler mais as opiniões dos especialistas, podem acessar :
Letícia Iambasso