3 de junho de 2013

De manhã no metrô


O silêncio evocava uma cumplicidade nesta manhã entre a curta viagem entre as estações Paulista e Faria Lima do metrô.

Mas em meio à turbulência e a falta de espaço aceitada facilmente pelos usuários do transporte, uma pessoa desafiava o sossego dos matutinos ambulantes com uma música:

“Eu sou metal – raio, relâmpago e trovão,
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão,
Eu sou metal: me sabe o sopro do dragão”

31 de janeiro de 2013

Espelho V


Eu estive pensando
Nos sonhos que eu tinha
Quando eu queria fazer Jornalismo
E mudar o que conhecia.

Mas depois desencanei
Como vou contar a verdade
As pessoas não querem saber
Porque cada um tem a sua verdade.

E isso ficou na minha cabeça.
E então comprei um espelho.

Um dia sonhei em contar a verdade
A verdade para todas as pessoas
Então eu comprei um espelho
E contei a verdade pra mim mesmo.

Mas tudo tem que vir espontaneamente...

Um dia me disseram que a guerra poderia ser bela,
 Na mesma hora, um tiro arregaçou suas tripas!

23 de janeiro de 2013

Luta mal armada


Hoje eu conheci a história
Não a real, mas a contada pelas forças
E chorei.
Chorei pelas ilusões perdidas
Pelas batalhas vazias
Pela luta de classes.
Luta de classes?
Qual luta?
Um manda, outro obedece
Um escreve, outro lê
Um cria, outro assiste
Um fala, outro ouve
Um compra, outro quer
Um reza, outro aceita
Um pede, outro dá
E chorei.